Elder Santos – Treinador do Lanhelas FC
Grande jogo as duas equipes buscando a vitória o tempo todo Resultado justo.
Diogo Araújo – Treinador da AD Campos
Como treinador, sempre procurei manter-me focado nas coisas que controlo e no desempenho da minha equipa, evitando comentar arbitragens mesmo em situações difíceis. Mas chega a uma altura em que esta situação é frustrante. Nestes últimos jogos tem-se assistido a dualidade de critérios que é algo que não se pode ignorar, pois afeta diretamente o desempenho, os resultados e consequentemente a classificação final. Mais uma vez, este domingo fomos brindados com situações inéditas e desanimadoras. Começamos por fazer um golo limpo no início da partida em que é assinalada uma falta incompreensível. Ainda, na primeira parte, existe 1 penalti bem assinalado a favor da ADC e 1 penalti bem assinalado a favor do adversário. No entanto, ficaram por marcar 2 penaltis a favor da ADC por agarrões dentro da área e, por mais incrível, foram consideradas faltas ofensivas. Ainda sofremos 1 agressão (uma chapada bem audível), na cara do arbitro, que foi só considerado amarelo. Criteriosamente os nossos lançamentos de linha lateral tinham que ser lançados exatamente no local onde a bola tinha saída. O árbitro apitava constantemente para os meus jogadores recuarem. Ao contrário poderiam lançar uns metros mais à frente que nada se passava. A segunda parte começa com música nos altifalantes do estádio e quando o árbitro se percebeu o jogo esteve parado até se desligar a música (pouco tempo mas mais uma das muitas paragens no jogo). Um descontrolo total. Pelo meio, confusões com o número de cartões amarelos dados ao adversário e a quem. Jogo parado muitas vezes. A assistente (e bem) viu-se obrigada a entrar em campo 2 vezes para falar e corrigir o árbitro principal. E, em mais um lance polémico, o nosso banco levanta-se para discutir a decisão de arbitragem num lance na bandeirola de canto oposta. O árbitro, do outro lado do campo, consegue ouvir algo com o barrulho todo no estádio, pega no cartão vermelho ainda nesse espaço, percorre o campo todo, e expulsa um jogador que nada disse ou fez. Quando questionado porque o fez, não obtivemos resposta. Felizmente, a assistente (com personalidade) é obrigada a corrigir o árbitro principal a dizer que o jogador nada fez, voltando atrás na expulsão. Um total descontrolo emocional. Estamos no futebol amador mas isto é frustrante. No entanto, nada disto deve servir de desculpa. O futebol apresentado pelo Campos foi muito pobre mas foi o suficiente para vencer a partida face às oportunidades criadas que não se podem falhar. O Lanhelas, que não tem culpa nenhuma do sucedido, foi premiado num dos últimos lances da partida e ganhou 1 ponto graças à sua organização defensiva e uma atitude incansável em campo. É preciso reconhecer e respeitar isso. Quando não se iguala estes indíces comportamentais fica difícil. Por fim, um agradecimentos aos muitos adeptos que se deslocaram a Lanhelas e esperariam ver um Campos diferente do que se apresentou em Lanhelas.